A IMIGRAÇÃO EUROPÉIA PARA O BRASIL NO SÉCULO XIX
Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores. A partir de então, as que entraram na nação independente foram imigrantes.
Antes de 1870, dificilmente o número de imigrantes excedia a duas ou três mil pessoas por ano. A imigração cresceu primeiro pressionada pelo fim do tráfico internacional de escravos para o Brasil, depois pela expansão da economia, principalmente no período das grandes plantações de café no estado de São Paulo.
Contando de 1872 (ano do primeiro censo) até o ano 2000, chegaram cerca de 6 milhões de imigrantes ao Brasil.
Desse modo, os movimentos imigratórios no Brasil podem ser divididos em seis etapas:
- Ocupação inicial feita por povos nômades de origem asiática que povoaram oContinente Americano entre 10 e 12 mil anos, conhecidos como índios;1
- Colonização, entre 1500 e 1822, feita praticamente só por portugueses e escravosprovenientes da África subsaariana;
- Imigração de povoamento no Sul do Brasil, iniciada, em 1824, por imigrantesalemães e que continuou, depois de 1875, com imigrantes italianos;
- Imigração como fonte de mão de obra para as fazendas de café na região de São Paulo, entre o final do século XIX e início do século XX, com um largo predomínio de italianos, portugueses, espanhóis e japoneses;
- Imigração para os centros urbanos em crescimento com italianos, portugueses,espanhóis e sírio-libaneses, além de várias outras nacionalidades;
- Imigração mais recente, reduzida e de pouco impacto demográfico, iniciada na década de 1970.
A LEI DE TERRAS DE 1850
Durante o século XIX, a economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a economia mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo industrial. As grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus interesses econômicos pressionando as demais nações para que se adequassem aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para exemplificar tal situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico negreiro.
Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo explorado ao máximo. Em conseqüência dessa nova prática econômica, percebemos que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem.
No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra.
Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos campesinos assalariados.
Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sobre os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.
A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundiários.
Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo explorado ao máximo. Em conseqüência dessa nova prática econômica, percebemos que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem.
No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra.
Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos campesinos assalariados.
Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sobre os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.
A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundiários.
O fim da escravidão e a imigração para o Brasil
A escravidão terminou no Brasil quase no fim do século XIX. Para que as fazendas continuassem com mão-de-obra, foi preciso que imigrantes chegassem. Veja!
Os escravos africanos não aceitavam a situação de degradação e tortura que eram submetidos, mas poucos conseguiam fugir. Eles eram proibidos de preservar as suas origens e tradições.
Quando conseguiam fugir, corriam para as matas e formavam grupos conhecido como quilombos. Essa palavra é de origem africana que significa união. Um dos mais famosos quilombos no Brasil foi o de Palmares, que era localizado, atualmente, no estado de Alagoas e o seu importante líder e guerreiro foi Zumbi – “Zumbi dos Palmares”.

Algumas pessoas que não eram escravas também não aceitavam essa situação, ou seja, a forma terrível que outro ser humano era tratado. Essas pessoas eram contra a escravidão e começaram a defendê-los iniciando um grande movimento para a libertação dessas pessoas. Esses brasileiros líderes desse novo movimento foram chamados de abolicionistas. Sendo assim, as fugas das pessoas escravizadas junto com a luta dos abolicionistas intensificaram o que seria o fim da escravidão no Brasil.
Um grande dia marcante na história foi o 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que libertava todas as pessoas da escravidão. Nessa data, todas as pessoas tornaram-se livres para viver suas vidas em liberdade e cultivar suas crenças e tradições, preservando sua cultura e suas raízes.
Início da imigração em massa
Com o fim da escravidão no Brasil, os africanos e seus descendentes eram livres, mas não tinham como sobreviver, pois não tinham casa, comida ou trabalho.
Essas pessoas que antes realizavam o trabalho de graça agora teriam que ser pagas e os fazendeiros preferiam pagar para a realização do trabalho a outras pessoas que chegavam da Europa.
Por volta de 1900, a imigração vinda de diversos lugares da Europa e de outras regiões do mundo se tornou ainda mais comum após a assinatura da Lei Áurea. Essas pessoas vinham em busca de novas oportunidades para trabalhar nas lavouras substituindo os escravos.

Assim, recebemos em nosso país povos como os alemães, russos, árabes, chineses, poloneses, japoneses e outros imigrantes. Esse mistura de raças e de povos ajudou no desenvolvimento do nosso país e também no enriquecimento de nossa cultura.
Aos africanos quase nada sobrou, ou seja, os piores trabalhos. O nosso país possui uma grande mistura de costumes e cultura de todos esses povos, seja na música, na dança, na religião, na língua, na culinária e em toda a manifestação de arte.
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As transformações econômicas e sociais do século XIX
7. As transformações econômicas e sociais do século XIX
Em meados do século XIX muitas transformações ocorreram na economia e na sociedade do Império brasileiro. Foi um extenso período de evolução para o país, que começa a se transformar lentamente numa nação moderna.
Em meados do século XIX muitas transformações ocorreram na economia e na sociedade do Império brasileiro. Foi um extenso período de evolução para o país, que começa a se transformar lentamente numa nação moderna.
Os problemas econômicos e financeiros do Brasil independente
A economia brasileira não apresentou uma importante transformação. Sendo assim, o Brasil permanecia como um país economicamente dependente, por um lado tinha se tornado independente de Portugal, mas por outro ficou ligado ainda mais com a Inglaterra.
A economia brasileira não apresentou uma importante transformação. Sendo assim, o Brasil permanecia como um país economicamente dependente, por um lado tinha se tornado independente de Portugal, mas por outro ficou ligado ainda mais com a Inglaterra.
A crise econômica:
Quando o Brasil se tornou independente de Portugal, não tinha condições de ser um país industrializado, dependia apenas das exportações, e do setor agrícola.
O país começou a enfrentar uma grave crise econômica, os produtos agrícolas tiveram seus preços reduzidos, e conseqüentemente foram reduzidas as exportações.
O açúcar estava sofrendo algumas limitações, até mesmo o algodão estava tendo suas exportações reduzidas para a Inglaterra.
A crise do setor agrícola foi a principal causa da situação econômico-financeira do Brasil, destaque da primeira metade do século XIX, período em que se realizava o fortalecimento da independência política.
Quando o Brasil se tornou independente de Portugal, não tinha condições de ser um país industrializado, dependia apenas das exportações, e do setor agrícola.
O país começou a enfrentar uma grave crise econômica, os produtos agrícolas tiveram seus preços reduzidos, e conseqüentemente foram reduzidas as exportações.
O açúcar estava sofrendo algumas limitações, até mesmo o algodão estava tendo suas exportações reduzidas para a Inglaterra.
A crise do setor agrícola foi a principal causa da situação econômico-financeira do Brasil, destaque da primeira metade do século XIX, período em que se realizava o fortalecimento da independência política.
A crise financeira:
Durante muito tempo a crise financeira permaneceu no Brasil, até praticamente 1850. Foram dois fatores que resultaram esta crise: o impedimento das exportações agrícolas e o fortalecimento da dependência financeira relacionada à Inglaterra.
Os preços dos produtos ingleses estavam entrando em queda nas alfândegas brasileiras. Isso causou um aumento evidente nas importações, o que acabou por obrigar o Brasil a fazer empréstimos com alguns bancos ingleses.
A crise tinha uma tendência em se agravar anualmente, contando de forma principal com os gastos que Dom Pedro I teve com a guerra da Ciplastina.
As transformações econômicas, a expansão da lavoura cafeeira
No século XVIII, Haiti, colônia da França, era o principal produtor de cafeeiro. O plantio do café chega ao Brasil neste mesmo século, em alguns lugares do país o café era cultivado ao lado das plantações de algodão ou cana-de-açúcar. O café conquistou muita gente por onde era levado, foi do Rio de Janeiro ao vale do Paraíba. As plantações de café, mais conhecidas como cafezais chegaram rapidamente ao sul de Minas, nas cidades de Juiz de Fora e Mar de Espanha.
Em 1840, o café chega às boas terras do interior de São Paulo, e sua produção acelerada atinge o Oeste Paulista, o principal centro de exportação.
As modificações ocorridas no Brasil devido à expansão do café foram acontecendo lentamente. Como por exemplo, as atividades comerciais se tornaram mais dinâmicas, os meios de transportes, com o desenvolvimento das estradas de ferro, se tornaram mais modernos, assim como as regiões portuárias de Santos e Rio de Janeiro, e a erradicação do trabalho escravo que foi substituído pelo trabalho assalariado. A recuperação econômico-financeira do país é resultado de todas essas transformações que ocorreram no país.
Devemos lembrar que o aumento da especialização da economia brasileira, voltada para atender as necessidades instantâneas dos mercados externos, era o que motivava o crescimento econômico e proporcionava um equilíbrio financeiro, porém indicava um lado completamente vulnerável na organização econômica do Império.
Era impossível o desenvolvimento de outros setores econômicos no mercado interno devido a grande concentração de renda. Portanto, o Brasil não tinha outra opção a não ser importar todas as suas necessidades, esgotando as rendas produzidas pelo setor de exportação.
Durante muito tempo a crise financeira permaneceu no Brasil, até praticamente 1850. Foram dois fatores que resultaram esta crise: o impedimento das exportações agrícolas e o fortalecimento da dependência financeira relacionada à Inglaterra.
Os preços dos produtos ingleses estavam entrando em queda nas alfândegas brasileiras. Isso causou um aumento evidente nas importações, o que acabou por obrigar o Brasil a fazer empréstimos com alguns bancos ingleses.
A crise tinha uma tendência em se agravar anualmente, contando de forma principal com os gastos que Dom Pedro I teve com a guerra da Ciplastina.
As transformações econômicas, a expansão da lavoura cafeeira
No século XVIII, Haiti, colônia da França, era o principal produtor de cafeeiro. O plantio do café chega ao Brasil neste mesmo século, em alguns lugares do país o café era cultivado ao lado das plantações de algodão ou cana-de-açúcar. O café conquistou muita gente por onde era levado, foi do Rio de Janeiro ao vale do Paraíba. As plantações de café, mais conhecidas como cafezais chegaram rapidamente ao sul de Minas, nas cidades de Juiz de Fora e Mar de Espanha.
Em 1840, o café chega às boas terras do interior de São Paulo, e sua produção acelerada atinge o Oeste Paulista, o principal centro de exportação.
As modificações ocorridas no Brasil devido à expansão do café foram acontecendo lentamente. Como por exemplo, as atividades comerciais se tornaram mais dinâmicas, os meios de transportes, com o desenvolvimento das estradas de ferro, se tornaram mais modernos, assim como as regiões portuárias de Santos e Rio de Janeiro, e a erradicação do trabalho escravo que foi substituído pelo trabalho assalariado. A recuperação econômico-financeira do país é resultado de todas essas transformações que ocorreram no país.
Devemos lembrar que o aumento da especialização da economia brasileira, voltada para atender as necessidades instantâneas dos mercados externos, era o que motivava o crescimento econômico e proporcionava um equilíbrio financeiro, porém indicava um lado completamente vulnerável na organização econômica do Império.
Era impossível o desenvolvimento de outros setores econômicos no mercado interno devido a grande concentração de renda. Portanto, o Brasil não tinha outra opção a não ser importar todas as suas necessidades, esgotando as rendas produzidas pelo setor de exportação.
A transição para o trabalho assalariado
Em meados do século XIX, com o esgotamento da oferta interna de escravos e com a grande necessidade de braços nos cafezais, surgiu a possibilidade de expandir o trabalho assalariado.
Para isso, os particulares e o governo imperial tinham três alternativas, a primeira seria converter os escravos em trabalhadores assalariados, mas o preconceito em relação aos negros prevalecia, e, além disso, eles consideravam que os escravos seriam incapazes de competir no mercado assalariado, pois a escravidão com o tempo assolava a produtividade dos negros. A segunda alternativa seria a empregar a mão-de-obra das culturas de subsistência, porém esta não era a melhor opção, devido à grande despesa que ela traria, e, além disso, os grandes proprietários que tinham em seu poder as culturas de subsistências não entregariam a sua mão-de-obra para os cafezais. A terceira alternativa e a decisiva era trazer trabalhadores estrangeiros (europeus), com disposição para trabalhar nas lavouras de café.
Foi assim que começou a expansão do trabalho assalariado no Brasil.
Em meados do século XIX, com o esgotamento da oferta interna de escravos e com a grande necessidade de braços nos cafezais, surgiu a possibilidade de expandir o trabalho assalariado.
Para isso, os particulares e o governo imperial tinham três alternativas, a primeira seria converter os escravos em trabalhadores assalariados, mas o preconceito em relação aos negros prevalecia, e, além disso, eles consideravam que os escravos seriam incapazes de competir no mercado assalariado, pois a escravidão com o tempo assolava a produtividade dos negros. A segunda alternativa seria a empregar a mão-de-obra das culturas de subsistência, porém esta não era a melhor opção, devido à grande despesa que ela traria, e, além disso, os grandes proprietários que tinham em seu poder as culturas de subsistências não entregariam a sua mão-de-obra para os cafezais. A terceira alternativa e a decisiva era trazer trabalhadores estrangeiros (europeus), com disposição para trabalhar nas lavouras de café.
Foi assim que começou a expansão do trabalho assalariado no Brasil.
Sistema de Parceria
a) Implantado pelo senador Campos Vergueiro, utilizando mão-de-obra imigrante.
b) Estabelecimento de 364 famílias de alemães e suíços na fazenda do senador Vergueiro, em Ibicaba, interior de São Paulo.
c) Proposta feita aos imigrantes:
• Recebimento de uma quantidade de pés de café.
• Cultivo de gêneros necessários ao sustento da família. Ocorrendo excedente, os imigrantes poderiam vendê-lo.
d) As propostas não se concretizaram. Os imigrantes viviam num regime de escravidão. Em muitas fazendas, recebiam pés de café muito velhos, cuja capacidade de produção já se esgotara. Os imigrantes se revoltaram, em 1857. Foi a chamada "Revolta de Ibicaba".
a) Implantado pelo senador Campos Vergueiro, utilizando mão-de-obra imigrante.
b) Estabelecimento de 364 famílias de alemães e suíços na fazenda do senador Vergueiro, em Ibicaba, interior de São Paulo.
c) Proposta feita aos imigrantes:
• Recebimento de uma quantidade de pés de café.
• Cultivo de gêneros necessários ao sustento da família. Ocorrendo excedente, os imigrantes poderiam vendê-lo.
d) As propostas não se concretizaram. Os imigrantes viviam num regime de escravidão. Em muitas fazendas, recebiam pés de café muito velhos, cuja capacidade de produção já se esgotara. Os imigrantes se revoltaram, em 1857. Foi a chamada "Revolta de Ibicaba".
A escravidão, também conhecida como escravismo ou escravatura, foi a forma de relação social de produção adotada, de uma forma geral, no Brasildesde o período colonial até o final do Império. A escravidão no Brasil é marcada principalmente pela exploração da mão-de-obra de negros trazidos da África e transformados em escravos no Brasil pelos europeus colonizadores do país.
Muitos indígenas também foram vítimas desse processo. A escravidão indígena foi abolida oficialmente pelo Marquês do Pombal, no final do século XVIII.1 Os escravos foram utilizados principalmente na agricultura – com destaque para a atividade açucareira –e na mineração, sendo, assim, essenciais para a manutenção da economia. Alguns deles desempenhavam também vários tipos de serviços domésticos e/ou urbanos.
A escravidão só foi oficialmente abolida no Brasil com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.2 No entanto, o trabalho compulsório e otráfico de pessoas permanecem existindo no Brasil atual, constituindo a chamada escravidão moderna, que difere substancialmente da anterior.
Considera-se como imigração o movimento de entrada, com ânimo permanente ou temporário e com a intenção de trabalho ou residência, de pessoas ou populações, de um país para outro.
O imigrante nunca deve ser confundido com:
- o nômade, aquele que se desloca entre uma ou mais fronteiras, sem fixar residência;
- o emigrante, aquele que sai de um país com ânimo permanente ou temporário e com a intenção de buscar trabalho e/ou residência em outro país;
- o colono, aquele que se desloca para uma região geralmente pouco povoada de seu país de origem, ou de um território dominado por este país, com o intuito de ali fixar residência e produzir economicamente. Esta colonização também pode se revestir de um caráter político de ocupação, dominação ou exploração de um território por um governo.
- os escravos, banidos, deportados ou exilados, aqueles deslocados de seus países de origem compulsoriamente.
- os refugiados, aqueles deslocados temporariamente em razão de guerras ou catástrofes naturais em seu país de origem.
- os expatriados, aqueles trabalhadores transferidos de empresa transnacional para trabalhar em outro país.
Índice
[esconder]Causas[editar | editar código-fonte]
A imigração em geral ocorre por motivos pessoais ou pela busca de melhores condições de vida e de trabalho por parte dos que imigram, ou ainda para fugir de perseguições ou discriminações por motivos religiosos ou políticos. Foi o principal motivo dos movimentos migratórios ocorridos da Europa e da Ásia para as Américas no século XIX e também no início do século XX (muito embora houvesse também o interesse na entrada de imigrantes, por razões demográficas ou para o "branqueamento" de sua população, por parte dos países de acolhimento). Esse processo também pode ser incentivada por governos de países que queiram aumentar o tamanho e/ou a qualificação de sua população, como ainda fazem, por exemplo, o Canadá e Austrália desde o século XX.
Imigração nos séculos XIX e XX[editar | editar código-fonte]
Imigração da Europa[editar | editar código-fonte]
Durante o século XIX e início do século XX, a situação econômica e política em países da Europa como a Itália, a Alemanha, a Espanha e a Irlanda, e de diversos povos e o domínio dos impérios austro-húngaro, russo e otomano produziu grandes levas de imigrantes. Por outro lado, nações do Novo Mundo com rápida expansão econômica na indústria ou agricultura (Estados Unidos, Brasil, Argentina, Uruguai,Chile) necessitavam aumentar sua mão-de-obra para continuar sua expansão. O resultado foi uma grande imigração europeia para as Américas, principalmente de:
- Italianos, que se estabeleceram principalmente nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
- Espanhóis, que se radicaram na Argentina, Chile, Brasil e Cuba;
- Portugueses, que se fixaram nos Estados Unidos, Brasil, Canadá e,Venezuela;
- Alemães, que se dirigiram para os Estados Unidos, Brasil, Argentina e Chile;
- Croatas, se dirigiram para Chile, Argentina e Brasil.
- Eslavos, Poloneses, Russos e Ucranianos, que se radicaram nos Estados Unidos, Canadá, Brasil,Argentina e Chile
Alguns desses povos ou grupos eram vítimas de discriminações e perseguições em seus países de origem, como osjudeus da Europa Oriental, e os armênios que viviam no Império Otomano. Nos países de acolhimento muitos encontraram tolerância, liberdade religiosa e condições de prosperarem economicamente. Um exemplo foi o pintor expressionista Lasar Segall, judeu de origem russa, que emigrou para o Brasil e tornou-se um dos mais destacados nomes da arte moderna do país.
Do Oriente Médio para as Américas pode-se especialmente destacar a corrente imigratória de povos árabes, principalmente palestinos, sírios e libaneses, que se fixaram no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e outros, incluindo tanto cristãos quanto muçulmanos. Os imigrantes árabes fixaram-se principalmente nas grandes e médiascidades e dedicaram-se em geral ao comércio. Também vieram numerosos contingentes de japoneses, chineses, indianos(estes em geral se fixaram nas colônias inglesas, como a Guiana) e, a partir do século XX, coreanos.
O fluxo da Europa Ocidental para as Américas reduziu-se com o início da Primeira Guerra Mundial, principalmente os oriundos de países como Itália e Alemanha, que se envolveram naquele conflito. Por outro lado, a imigração de povos minoritários dentro dos impérios russo e otomano, tais como os poloneses e ucranianos no primeiro e os armênios no segundo, cresceu.
Imigração asiática[editar | editar código-fonte]
Para o Brasil, uma expressiva imigração japonesa iniciou-se a partir de 1908, quando aportou no país o navio Kasato Marutrazendo as primeiras famílias, e seguiu até o governo de Getúlio Vargas, que criou cotas de imigração de acordo com o país de origem. O fluxo de japoneses se estancou com o início da Segunda Guerra Mundial e foi retomado no pós-guerra, mas em escala menor. Os chineses de Taiwan seguiram a rota da emigração japonesa para o Brasil a partir dos anos 60. Após a Guerra da Coreia começaram a chegar ao Brasil os primeiros imigrantes coreanos e, mais recentemente, com crescimento após os anos 80, chineses do continente.
A Europa já foi um continente mais aberto às imigrações, principalmente em momentos dos pós-guerra, que serviram como uma maneira de haver uma “reposição” de pessoas e também servir como mão-de-obra barata para sua reconstrução.
Hoje, esta abertura não está mais liberada assim como era e certos países, como os Países Baixos, França, Alemanha eReino Unido já estão criando leis para dificultarem a entrada de imigrantes que não provenham de países da União Europeia.
Essas políticas são postas em prática, tanto por governos da extrema direita, mas também, mais recentemente, a esquerda também vem cedendo a pressões dos eleitores.
O controle está sendo elaborado focando uma maior rigidez no momento que o imigrante chega ao seu destino com relação ao fato dessas pessoas terem ou não qualificação profissional, isto é, como se o imigrante qualificado fosse roubar as vagas nos empregos do próprio país.
Outro fator que é evidenciado é o de pertencentes a certos grupos religiosos, habitantes de países em guerra, países em extrema situação de pobreza ou países com fama de "exportadores de drogas" terem maiores dificuldades em obter vistos de moradia ou trabalho em certos países da Europa, havendo um rigor maior na checagem e controle de desembarque destas pessoas nos chamados países de primeiro mundo.
Por outro lado, países como Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e França entre outros, começam a vislumbrar problemas futuros relacionados à falta de trabalhadores, principalmente imigrantes, dada a diminuição da natalidadenesses países. O problema futuro fica na questão da aposentadoria e da falta de futuros trabalhadores que contribuam com os encargos tributários.
Diretiva do retorno[editar | editar código-fonte]
No dia 18 junho de 2008 o Parlamento Europeu aprovou em Estrasburgo, França, a Diretiva do Retorno, polêmica lei que vai harmonizar as regras dos países europeus para a repatriação de imigrantes ilegais.
O voto favorável da assembleia ocorre duas semanas após um acordo ser alcançado pelos ministro do Interior dos 27 Estados-membros do bloco, encerrando um processo de negociações que se prolongou por anos. A nova lei deve entrar em vigor em 2010.
Contrariando as expectativas de votação apertada, o texto foi aprovado por ampla maioria, com 369 votos a favor, 197 contra e 106 abstenções, sem nenhuma emenda.
As bancadas de esquerda do Parlamento Europeu, incluindo os grupos socialista e comunista, haviam apresentado várias emendas ao documento, e bastava que uma fosse reprovada pela maioria dos eurodeputados para que todo o processo de negociação retornasse à estaca zero.
No entanto, os votos do Partido Popular Europeu, a principal força política da assembleia, e dos Liberais determinaram a adoção do texto tal como ele foi apresentado pelo Conselho de Ministros da União Europeia.
Esta foi a primeira vez que o Parlamento Europeu teve poder de co-decisão em matéria de imigração no bloco.
Entre os principais pontos da diretiva está o estabelecimento de um prazo máximo de detenção de imigrantes ilegais, que será de seis meses, ampliáveis a 18 em casos excepcionais.
O prazo de seis meses não vai alterar a legislação dos países que adotam limites menores de detenção, como Portugal, cuja lei da imigração estipula 60 dias como tempo máximo de permanência na prisão.
Contudo, diversas organizações de defesa dos direitos humanos e movimentos políticos de esquerda consideram a lei "desumana", condenando o prazo de detenção de imigrantes ilegais sem culpa formada e a disposição que permite a detenção e a expulsão de menores não acompanhados.2
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FEITO POR: KAYO 7B
JONES 7B
EXPANSÃO TERRITORIAL DO SÉCULO XIX
ntende-se como a expansão territorial dos EUA aquele período que se estende praticamente durante todo o século XIX, onde o país aumenta de modo extraordinário as suas fronteiras, chegando ao fim do mesmo período com praticamente as dimensões continentais que hoje possui.
A expansão territorial se deu basicamente de quatro formas:
1 - Compra de territórios - foi por este formato de expansão territorial que se deu os primeiros importantes avanços na linha fronteiriça norte-americana, com a compra da Luisiana à França de Napoleão Bonaparte em 1804 e a compra da Flórida em 1819 aos espanhóis. Importante lembrar que os 15 milhões de dólares gastos pelos EUA na compra do território denominado Luisiana à época fazia referência a uma faixa territorial muito maior que o atual estado da Luisiana, que se estendia do Golfo do México às fronteiras com o Canadá britânico.
2 - Diplomacia - é exemplo deste formato de expansão a anexação do Óregon aos ingleses, em 1846, a partir de compensações de natureza diversas pelo direito de soberania ao território.
3 - Guerra - nesta categoria, o México foi a maior vítima do expansionismo norte-americano, pois perdeu parte considerável de seu território original. Inicialmente, os colonos norte-americanos estabelecidos no Texas declararam a independência deste, logo depois aceitando sua incorporação aos Estados Unidos. Os conflitos iniciados com a ocupação de colonos dos EUA em várias partes de território pertencente ao México chegaria ao fim somente em 1845, através do tratado de Guadalupe-Hidalgo, que estabelecia a fronteira entre México e Texas, além de ceder aos norte-americanos as atuais Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado por meio de uma indenização de 15 milhões de dólares.
4 - Guerra contra as nações indígenas - em sua marcha para o Oeste, expandindo o território dos EUA, era imprescindível aos colonos que "pacificassem" os povos indígenas estabelecidos ao longo de todos os novos territórios, ocupando suas terras efetivamente. Provavelemente foram os povos indígenas aqueles que mais perderam com afilosofia do Destino Manifesto, sendo muitos deles exterminados, outros depararam-se com uma quase-extinção, outros acabaram assimilados aos dominadores.
TERRITÓRIO ANEXOS:
Se denominan disputados aquellos territorios, terrestres o marítimos, sobre los que dos o más Estados disputan su soberaníao no han establecido o demarcado sus límites fronterizos. Por regla general están bajo la administración de un Estado que no reconoce la reclamación territorial de otro Estado, o en menos casos son áreas terrestres o marítimas sobre las que ninguno posee el control efectivo o sólo lo tiene parcialmente.
Se incluyen también en este anexo aquellos territorios que, habiendo sido divididos, las partes no se reconocen mutuamente o aquellos que perteneciendo a un Estado buscan establecerse como Estados soberanos de pleno derecho o se han constituido ya de hecho. Se enumeran también territorios que permanecen bajo ocupación militar de otro Estado, áreas arrendadas y disputas territoriales dormidas o congeladas.
A GUERRA DA SECESSO:
A Guerra de Secessão foi um conflito entre estados do norte e estados do sul dos Estados Unidos determinante para o destino do país.
O ambiente ficou mais acirrado nos Estados Unidos quando, em 1861, Abraham Lincoln venceu as eleições presidenciais. O novo presidente era um republicano contrário à escravidão ainda praticada no sul do país. Naquela época, os Estados Unidos eram formados por 24 estados, dos quais 15 adotavam a escravidão como prática legal. Em função da clara diferença de interesses entre os grupos, onze estados defensores da escravidão como elemento dos meios de produção uniram-se e declararam-se independentes do restante do país. A secessão criou um novo país com o nome de Estados Confederados da América. Mais do que nunca, estava declarada a divergência entre as regiões e evidente a fragmentação do país. No dia 12 de abril de 1861, forças armadas representantes dos estados confederados do sul que haviam fundado um novo país atacaram o Fort Sumter, posto militar dos estados do norte, na Carolina do Sul. Seria o estopim para o início efetivo de uma guerra.
A Guerra de Secessão, que é também chamada de Guerra Civil Americana, colocou em conflito armado os onze estados confederados do sul do país contra os estados do norte. Os sulistas defendiam interesses aristocráticos, latifundiários e escravistas, práticas que determinavam a economia e o modo de produção da região. Por outro lado, os habitantes do norte do país já haviam desenvolvido significativa capacidade industrial e, em geral, descartavam o uso da mão-de-obra escrava como opção correta para o crescimento econômico. Estas diferenças seriam fundamentais para se determinar o progresso econômico do país e as causas da guerra. A região norte estava interessada em expandir o mercado interno e implementar barreiras protecionistas para que seus produtos tivessem vasão e a industrialização continuasse em crescimento. Já o sul acompanhava o modelo semelhante ao desenvolvido no Brasil, defendendo a abertura para as agro-exportações em uma produção sedimentada no trabalho escravo de negros africanos.
A Guerra de Secessão durou até o dia 28 de junho de 1865, quando tropas remanescentes dos estados confederados do sul assinaram a rendição. Foi o conflito que mais mortes causou entre os estadunidenses, matando aproximadamente 970 mil pessoas. O resultado da guerra foi a demonstração do poder dos estados do norte, que já eram mais desenvolvidos do que os estados do sul. Ao fim do conflito, com os interesses da região sul derrotados, os Estados Unidos aboliram por completo a escravidão no país e assumiram uma postura econômica na linha dos interesses do norte, guiada para o desenvolvimento industrial e expansão do mercado interno. Elementos que permitiram o enorme desenvolvimento tecnológico e econômico do pais e criaria as condições necessárias para que os Estados Unidos assumissem posição de destaque no mundo na época da Primeira Guerra Mundial.
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A AULA DE HOJE FALAREMOS DE ANARQUISMO
Nota: Anarquia redireciona para este artigo. Para o personagem de banda desenhada, veja Anarquia (DC Comics). Para outros significados, veja Anarquismo (desambiguação).
Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem.7 A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas.8 Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens, quando, em realidade, um dos laços mais valorizados pelos anarquistas é o auxílio mútuo. À ausência de ordem - ideia externa aos princípios anarquistas -, dá-se o nome de "anomia".9Anarquismo (do grego ἀναρχος, transl. anarkhos, que significa "sem governantes",1 2 ou "sem poder"3 a partir do prefixo ἀν-, an-, "sem" + ἄρχή, arkhê, "soberania, reino, magistratura"4 + o sufixo -ισμός, -ismós, da raiz verbal -ιζειν, -izein) é uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório e de Estado.5 De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita 6 e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias baseadas na livre associação.
Há diversas escolas de pensamento e tradições de anarquismo, as quais não são mutuamente exclusivas.10 Cada vertente do anarquismo tem uma linha de compreensão, análise, ação e edificação política específica, embora todas vinculadas pelos ideais base do anarquismo. Correntes do anarquismo tem sido divididas em anarquismo social eanarquismo individualista, ou em classificações semelhantes..11 12
A maioria dos anarquistas são apartidários; se opõe ao Estado e a qualquer regime ditatorial, apoiando a autodefesa ou a não violência (anarcopacifismo)13 14 ; outros, contudo, apoiam o uso de outros meios, como a revolução violenta. Outro conceito, a propaganda pelo ato, apesar de ter tido um início violento, hoje em dia incorporou diversos tipos de ações não violentas.15
MARXISMO
Marxismo é o conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores. Baseado na concepção materialista e dialética da História, interpreta a vida social conforme a dinâmica da base produtiva das sociedades e das lutas de classes daí consequentes. O marxismo compreende o homem como um ser social histórico e que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho, o que diferencia os homens dos outros animais e possibilita o progresso de sua emancipação da escassez da natureza, o que proporciona o desenvolvimento das potencialidades humanas. A luta comunista se resume à emancipação do proletariado por meio da liberação da classe operária, para que os trabalhadores da cidade e do campo, em aliança política, rompam na raiz a propriedade privada empregadora do proletariado, transformando a base produtiva no sentido da socialização dos meios de produção, para a realização do trabalho livremente associado - o comunismo -, abolindo as classes sociais existentes e orientando a produção - sob controle social dos próprios produtores - de acordo com os interesses humano-naturais.
Fruto de décadas de colaboração entre Karl Marx e Friedrich Engels, o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde apolítica e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos. O marxismo foi utilizado desvirtuadamente como base para as doutrinas oficiais utilizadas nos países socialistas, nas sociedades pós-revolucionárias.
No entanto, o marxismo ultrapassou as ideias dos seus precursores, tornando-se uma corrente político-teórica que abrange uma ampla gama de pensadores e militantes, nem sempre coincidentes e assumindo posições teóricas e políticas às vezes antagônicas, tornando-se necessário observar as diversas definições de marxismo e suas diversas tendências, especialmente a social-democracia, o bolchevismo, o esquerdismo e o comunismo de conselhos.
DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA CATÓLICA
Doutrina Social da Igreja (DSI) é o conjunto dos ensinamentos contidos na doutrina da Igreja Católica e no Magistério da Igreja Católica, constante de numerosasencíclicas e pronunciamentos dos Papas inseridos na tradição multissecular, e que tem suas origens nos primórdios do Cristianismo. Tem por finalidade fixar princípios, critérios e diretrizes gerais a respeito da organização social e política dos povos e das nações. É um convite a ação. A finalidade da doutrina social da Igreja é "levar os homens a corresponderem, com o auxílio também da reflexão racional e das ciências humanas, à sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena" 1 .
Foi enriquecida pelos Padres da Igreja, teólogos e canonistas da Idade Média e pelos pensadores e filósofos católicos dos tempos modernos. "A doutrina social da Igreja se desenvolveu no século XIX por ocasião do encontro do Evangelho com a sociedade industrial moderna, suas novas estruturas para a produção de bens de consumo, sua nova concepção da sociedade, do Estado e da autoridade, suas novas formas de trabalho e de propriedade." 2 A Doutrina Social da Igreja considera que a "a norma fundamental do Estado deve ser a prossecução da justiça e que a finalidade de uma justa ordem social é garantir a cada um, no respeito ao princípio da subsidiariedade, a própria parte nos bens comuns." 3 .
Através das numerosas encíclicas e pronunciamentos dos Papas, a Doutrina Social da Igreja aborda vários temas fundamentais, como "a pessoa humana, sua dignidade,seus direitos […] e suas liberdades; […] a família, sua vocação e seus direitos; inserção e participação responsável de cada homem na vida social"; a promoção da paz; osistema económico e a iniciativa privada; o papel do Estado; o trabalho humano; a comunidade política; "o bem comum e sua promoção, no respeito dos princípios dasolidariedade e subsidiariedade; o destino universal dos bens da natureza e cuidado com a sua preservação e defesa do ambiente; o desenvolvimento integral de cada pessoa e dos povos; o primado da justiça e da caridade".4 5
Mas, a existência da Doutrina Social da Igreja não implica a participação do clero na política, que é expressamente proibida pela Igreja, excepto em situações urgentes. Isto porque a missão de melhorar e "animar as realidades temporais", nomeadamente através da participação cívico-política, é destinada aos leigos.6 7 Logo, a hierarquia eclesiástica "não está no negócio de formar ou dirigir governos" nem de escolher regimes políticos; ela está apenas "no negócio de formar o tipo de pessoa que consegue formar e dirigir governos nos quais aliberdade leva à genuína realização humana".8
A SOCIAL DEMOCRACIA EUROPÉIA
A social-democracia, é uma ideologia política que geralmente tem como objetivo o estabelecimento de socialismo democrático, sendo assim também chamada1 . É uma ideologia política de esquerda surgida no fim do século XIX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista deveria ocorrer sem uma revolução, mas sim por meio de uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário. O conceito de social-democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-democracia e outras formas de socialismo, como o marxismo ortodoxo, é a crença na supremacia da acção política em contraste à supremacia da acção económica ou determinismo económico sócio industrial.
Historicamente, os partidos social-democratas advogaram o socialismo de maneira estrita, a ser atingido através da luta de classes. No início do século XX, entretanto, vários partidos socialistas começaram a rejeitar a revolução e outras ideias tradicionais do marxismo como a luta de classes, e passaram a adquirir posições mais moderadas. Essas posições mais moderadas incluíram a crença de que o reformismo era uma maneira possível de atingir o socialismo. No entanto, a social-democracia moderna desviou-se do socialismo, gerando adeptos da ideia de um Estado de bem-estar social democrático, incorporando elementos tanto do socialismo como do capitalismo. Os sociais-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente através de regulação estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças sociais inerentes ao capitalismo, tais como Rendimento Social de Inserção (Portugal), Bolsa Família(no governo Lula) e Opportunity NYC. Esta abordagem difere significativamente do socialismo tradicional, que tem como objetivo substituir o sistema capitalista inteiramente por um novo sistema económico caracterizado pela propriedade coletiva dos meios de produção pelos trabalhadores.
Atualmente em vários países, os sociais-democratas atuam em conjunto com os socialistas democráticos, que se situam à esquerda da social-democracia no espectro político. No final do século XX, alguns partidos social-democratas, como o Partido Trabalhista britânico, o Partido Social-Democrata da Alemanha começaram a flertar com políticas econômicas liberais, originando o que foi caracterizado de "Terceira Via". Isto gerou, além de grande controvérsia, uma grave crise de identidade entre os membros e eleitores desses partidos.
30 de abril de 1854, com a presença do Imperador D.Pedro II, inaugurou-se a primeira estrada-de-ferro no Brasil. Era um trecho de apenas 15 km ligando o porto de Mauá até Raiz da Serra, na então Província do Rio de Janeiro. O autor da façanha era o Barão de Mauá, um dos homens mais ricos do Brasil e o maior dos seus empreendedores.
Preconceitos contra a estrada-de-ferro
A majestosa visão do futuro das estradas de ferro expressada pelo poeta perante a Assembleia Nacional Francesa não era, entretanto, partilhada por boa parte dos políticos e chefes de Estado da Europa restaurada.
A majestosa visão do futuro das estradas de ferro expressada pelo poeta perante a Assembleia Nacional Francesa não era, entretanto, partilhada por boa parte dos políticos e chefes de Estado da Europa restaurada.
O sábio Arago, por exemplo, temia que a estrada de ferro terminasse por afeminar os soldados, poupando-lhes as grandes marchas; Adolphe Thiers, estadista e historiador, por sua vez, receava que ela esgotasse em uma ou duas viagens toda a produção francesa, permanecendo destarte a maior parte do tempo ociosa. Mesma opinião tinha Bernardo Pereira de Vasconcellos, um dos mandões do império, a respeito da sua implantação no Brasil. Outros ainda acreditavam que o custo em indenizações devido aos estragos que provocaria (aterrorizando camponeses, provocando estouro de manada, inibindo a produção), não compensaria sua instalação.
Estas nada mais eram que manifestações do espírito conservador tão sensível à troca de hábitos ou ao surgimento do novo.
Origens do novo engenho
Desde que James Watt patenteou sua máquina a 1769, ocorreu o pensamento de adaptá-la a um veículo. A revolução Industrial prosseguia em marcha acelerada na Inglaterra e fatalmente surgiram as invenções que modificariam as arcaicas estruturas de transporte e comunicação até então vigentes.
Desde que James Watt patenteou sua máquina a 1769, ocorreu o pensamento de adaptá-la a um veículo. A revolução Industrial prosseguia em marcha acelerada na Inglaterra e fatalmente surgiram as invenções que modificariam as arcaicas estruturas de transporte e comunicação até então vigentes.
Em 1802, depois de varias experiência anteriores, Richard Trevithick, engenheiro inglês, conseguiu ajustar a máquina a vapor a uma diligência e encantou seus conterrâneos quando percorreu uma distância de 150 quilômetros que separam Londres do porto de Plymouth. Prontamente surgiram ideias em atrelar a um carro a vapor uma série de vagões como existiam nas minas de carvão, porém movidos à tração humana ou animal.
Passando 14 anos do invento de Trevithick, coube a George Stephenson criar a primeira locomotiva a vapor, que funcionava a uma velocidade de 13 quilômetros por hora. Stephenson continuou aperfeiçoando seu invento, culminando no notável trabalho de engenharia mecânica – a Rocket –, Foguete, desenvolvendo a velocidade de 24 quilômetros por hora. Uma temeridade naquela época.
Em setembro de 1831, contando com a presença do general Wellington, o vencedor de Napoleão, então chefe do gabinete inglês, o engenheiro Stephenson deu partida a sua locomotiva, percorrendo o trajeto Manchester-Liverpool. Estava definitivamente inaugurada uma nova era nos transportes terrestres. Um grave acidente ocorrido com um político presente, empanou as solenidades e “chocou profundamente” o general. Isso, entretanto, não evitou o apoio governamental à proliferação da rede ferroviária inglesa.
Pouco mais de vinte anos depois, no Brasil, em 30 de abril de 1854, este mesmo tipo de evento, a inauguração de uma estrada-de-ferro, se repetiu diante dos olhares de Dom Pedro II.
Irineu Evangelista de Sousa, Barão e mais tarde Visconde de Mauá, autorizou a partida da locomotiva “Baronesa”, que percorreria os primeiros 15 quilômetros da Estrada de Ferro Mauá em 23 minutos, numa velocidade média de 20 quilômetros, ligando o porto aos aparados da serra .
A Primeira Concessão
A primeira concessão da exploração de uma estrada de ferro no Brasil deve-se à Regência Feijó (1835-1837). Entretanto, não encontrou eco, entre outros motivos, pela sucessão de revoltas nas províncias do reino.
A primeira concessão da exploração de uma estrada de ferro no Brasil deve-se à Regência Feijó (1835-1837). Entretanto, não encontrou eco, entre outros motivos, pela sucessão de revoltas nas províncias do reino.
Passados quadro anos, em 1839, o inglês Thomas Cochrane a obteve, mas não conseguiu o financiamento para tocar as obras. Em 1852, a concessão lhe foi retirada e o poder Legislativo autorizou ao Executivo o lançamento de uma nova.
Explica-se esse intervalo entre a primeira concessão e a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, quase 10 anos, devido à falta de capital interno. Nenhuma fortuna privada ou o erário público poderiam dispor de verba para o financiamento de uma obra de tal envergadura e que daria início à revolução dos transportes territoriais do Brasil.
No primeiro quinquênio do século passado, a taxa de crescimento médio das nossas exportações andava em torno de 0,8%, sendo a baixa dos preços de exportação em redor dos 40%. Se no século 18 o valor das exportações era aproximadamente de duas libras per capita, nos primeiros decênios do século 19 mal atingiram a uma libra. Isso se devia à forte concorrência que sofriam os nossos dois principais produtos de exportação: o açúcar e o algodão.
O declínio do império de Mauá
O nome de Mauá associou-se ainda com a instalação do primeiro cabo submarino que possibilitou ao Brasil ligar-se definitivamente com o mundo.
O nome de Mauá associou-se ainda com a instalação do primeiro cabo submarino que possibilitou ao Brasil ligar-se definitivamente com o mundo.
Como estadista, ele teve um papel importante na política platina, onde atuou como enviado do Império na época da guerra contra Rosas ( 1850-52) e, igualmente, aos sucessivos governos uruguaios. Um deles, o de Lorenzo Batlle Ordoñez y Grau (1868-1872), levou à ruína a casa financeira e emissora Mauá de Montevidéu por considerá-la intromissão indevida na economia oriental. Findou-se aquilo que os estados vizinhos chamavam a “mais poderosa Agência Diplomática do Império”.
Após a iniciativa de Mauá, os ingleses passaram a investir sistematicamente em estradas de ferro. Além das três já citadas, inaugurou-se a Recife - S. Francisco Railway Co e a Bahia – S. Francisco Railway, ligadas à exportação de açúcar e algodão.
Dez anos após a inauguração de Mauá Co, o país encontrava-se com uma rede de mais de 250 quilômetros de estrada de ferro. Durante todo o período imperial, principalmente durante a Guerra do Paraguai, a construção ferroviária cresceu. Processo que teria seu estancamento somente nos primeiros decênios do século 20, quando a rede ferroviária decaiu quase que bruscamente. Isto se deveu em primeiro lugar ao declínio das exportações de açúcar e algodão, o que limitou as estradas de ferro a operarem com lucro somente em São Paulo e, em segundo lugar, está estreitamente ligado à importação de veículos movidos à motor, que passaram desde então a dominar o panorama dos transportes brasileiros.
A Falência de Mauá
O fracasso financeiro da Mauá, a partir da solicitação de sua falência, em 1875, não pertence ao rol do acaso nem a seus pretensos defeitos pessoais, tais como “imprudência”, “demasiadamente utópico”, ou ainda, “afoito nos negócios” e sim a uma sistemática asfixia movida pelo conservadorismo da estrutura econômica e social escravagista que o cercava. Podemos mesmo cogitar de uma sabotagem inconsciente, intuitivamente aplicada por uma sociedade ultra-tradicional de senhores rurais baseada no braço cativo que entendia ser a difusão das modernas relações de produção, das quais Mauá era o maior representante, um fator desagregador senão que destruidor do seu modo de viver, econômico e social.
O fracasso financeiro da Mauá, a partir da solicitação de sua falência, em 1875, não pertence ao rol do acaso nem a seus pretensos defeitos pessoais, tais como “imprudência”, “demasiadamente utópico”, ou ainda, “afoito nos negócios” e sim a uma sistemática asfixia movida pelo conservadorismo da estrutura econômica e social escravagista que o cercava. Podemos mesmo cogitar de uma sabotagem inconsciente, intuitivamente aplicada por uma sociedade ultra-tradicional de senhores rurais baseada no braço cativo que entendia ser a difusão das modernas relações de produção, das quais Mauá era o maior representante, um fator desagregador senão que destruidor do seu modo de viver, econômico e social.
Balzac, retratando os costumes da sociedade francesa durante a restauração, criou um protótipo de pequeno burguês rígido cumpridor de seus deveres. Quando vai à falência, o pobre perfumista César Birotteau não mede esforços para saldar até o último centavo do capital devedor. O boticário morre tendo às mãos a última promissória resgatada. Essa dignidade típica da classe média vitoriana é assumida plenamente por Irineu Evangelista de Souza. Sua falência podia ser evitada com um empréstimo governamental, mas tal lhe foi negado.
Terminou seus dias como corretor, tendo se desfeito de todos os seus bens para acalmar os credores. Mauá foi, como disse corretamente seu biógrafo Alberto de Faria, um “verdadeiro saint-simoniano”, um ideólogo do progresso técnico. Para ele, o desenvolvimento industrial era a panaceia para uma sociedade pouco desenvolvida, cabendo a ele o papel de “messias” que anunciava e construía esse novo mundo dominado pela máquina e pelas relações assalariadas. Mas, como todo profeta de casa, não teve a acolhida merecida.
Um conflito de poderes
O Barão de Rio Branco considerou a dêbácle como um “infortúnio nacional”, já Gaspar da Silveira Martins líder dos monarquistas liberais do RGS, que tachara Mauá de “alma de mercador”, entendeu que ele sofrera a punição adequada.
O Barão de Rio Branco considerou a dêbácle como um “infortúnio nacional”, já Gaspar da Silveira Martins líder dos monarquistas liberais do RGS, que tachara Mauá de “alma de mercador”, entendeu que ele sofrera a punição adequada.
Lídia Besouchet encerra a questão dizendo: “Não havia ainda [no Brasil Império] ambiente para o individualismo econômico. A ideia de Mauá de canalizar capitais flutuantes pela extinção do tráfico negreiro num Banco de Crédito, era favorecer as condições para a criação de novas fortunas particulares, era aumentar a fortuna pública pelo aumento da fortuna privada, era estabelecer a livre-concorrência em todas as suas regalias para o qual o país não estava preparado. O estado Imperial se sentia como que afogado diante do seu arrojo, ameaçando-o em sua supremacia financeira”.(pág 128).
Deve-se alertar para outro aspecto da questão da falência de Mauá. Nas lições que Hobbes deu ao príncipe no seu tratado ‘ O Leviatã’, de 1650, onde alertava que os chefes de estado devem estar atentos para que ninguém mais dentro do reino possa lhe oferecer qualquer tipo de rivalidade, política ou econômica. O Poder detesta qualquer sombra. Neste sentido, D.Pedro II não tomando providências para salvar Mauá livrou-se de um concorrente, de um homem poderosíssimo que eventualmente lhe intimidava. Talvez isto melhor explique a indiferença com que o monarca soube da quebra dos múltiplos empreendimentos de Mauá. O que para muitos foi expressão da espantosa mediocridade de D. Pedro II.
Não se tratava somente de um conflito doutrinário entre o liberalismo (a favor do livre mercado) e o protecionismo (de origem mercantilista), mas de algo bem mais amplo. Um surfa luta entre dois poderes: o do Império e o do Capital, o Mundo do Escravo contra o Mundo do Salário.
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